Eles foram presos no domingo (19) quando chegavam ao Recife. As constantes saídas de Reinaldo Nunes Siqueira despertaram a suspeita da Receita Federal, que acionou os agentes da PF. Ele desembarcou junto com Alexandre Carvalho quando foram flagrados pelos policiais com vários equipamentos médicos, de informática, eletrônicos, além de roupas desacompanhadas de documentação que comprovasse o recolhimento do tributo.
Os dois foram autuados em flagrante, na sede da Polícia Federal, pelo crime de descaminho, que significa transporte ilegal de produtos sem o recolhimento de impostos. A pena prevista varia de um a quatro anos de prisão. Após serem autuados, eles foram levados para o Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel).
De acordo com a Polícia Federal, no interrogatório Alexandre Carvalho negou que a mercadoria fosse sua e que estaria no aeroporto apenas para dar carona para Reinaldo Nunes. Porém, em buscas no carro foram encontrados um carimbo de uma empresa no ramo de informática.
Já Reinaldo Nunes informou que fez várias viagens entre Miami e Recife, chegando a ir duas vezes por semana, porém nunca soube qual era o conteúdo das mercadorias. Ele disse que apenas entregava a várias pessoas diferentes e pelo serviço ganhava US$ 500 (quinhentos). Ele disse ainda que conheceu uma mulher, que seria esposa de Alexandre nos EUA, tendo entregado três vezes mercadorias para pessoas indicadas por ela no Brasil.
“Quando uma mercadoria que vem do exterior adentra em território nacional sem a devida taxação de imposto. Pelo crime, eles podem pegar de 1 a 4 anos de prisão”, disse o assessor da Polícia Federal, Giovani Santoro.
De acordo com a Receita Federal, quem vem dos Estados Unidos pode trazer no máximo, US$ 500, em mercadoria sem pagar imposto, o que corresponde a R$ 859. Acima disso é preciso declarar.
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